Carpina
A foto abaixo é antiga
Município de Carpina | |||||
"A Capital da Mata Norte" | |||||
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Fundação | 1909 | ||||
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Gentílico | carpinense | ||||
Prefeito(a) | Manuel Severino da Silva (Botafogo) (PSDB) (2009–2012) |
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Localização | |||||
Localização de Carpina em Pernambuco Localização de Carpina no Brasil | |||||
Unidade federativa | Pernambuco | ||||
Mesorregião | Mata Pernambucana IBGE/2008[1] | ||||
Microrregião | Mata Setentrional Pernambucana IBGE/2008[1] | ||||
Municípios limítrofes | Tracunhaém, Nazaré da Mata e Buenos Aires (N), Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro (S), Paudalho (L) e Limoeiro (O). | ||||
Distância até a capital | 60 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 146,124 km² [2] | ||||
População | 75 706 hab. IBGE/2011[3] | ||||
Densidade | 518,09 hab./km² | ||||
Altitude | 184 m | ||||
Clima | tropical chuvoso As' | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH | 0,724 médio PNUD/2000[4] | ||||
PIB | R$ 384 619,574 mil IBGE/2008[5] | ||||
PIB per capita | R$ 5 678,97 IBGE/2008[5] |
Está localizado na Zona da Mata, ao norte do estado e distante 60 km da capital, Recife.
História
Diz-se que o município de Carpina foi fundado por um carpinteiro que
habitava a região antes só usada como estrada, daí a possível origem do
nome. [carece de fontes]
Antecedentes da ocupação territorial
Muito embora o atual território municipal de Carpina esteja situado, principalmente na bacia do Capibaribe,
admite-se que teria recebido maior influência daqueles que buscavam as
matas setentrionais do atual estado de Pernambuco, na esperança de
encontrar o desejado, mas nem sempre rendoso Pau Brasil.
Logo que as matas litorâneas foram dizimadas e nos vales dos rios
implantou-se a atividade canavieira, aqueles colonos que não dispunham
de recursos suficientes para a implantação de engenhos dedicavam-se a
atividades complementares e dependentes daquela atividade principal.
Desta forma o pastoreio, que se desenvolveu ao lado agricultura, no
primeiro século de colonização, viu-se obrigado a buscar outras regiões
onde pudesse crescer sem prejudicar a agricultura nascente, acarretando a
interiorização da pecuária e sua fixação no agreste e sertão.
Dentre as atividades complementares dependentes da açucareira, além da pecuária
já citada, sobressaía-se a atividade madeireira, necessária à confecção
de caixas para o embarque do açúcar para a coroa. Ora as matas
litorâneas continuam sendo erradicadas,tanto pela procura do “pau das
tintas quanto pela expansão canavieira que, vencendo a barreira dos
vales fluviais,subia peças encostas,dominando a paisagem”.
Sobre esse plano de fundo, os madeireiros, que desenvolviam sua
atividade naqueles locais onde a matéria-prima ocorresse em abundância
viam-se forçados a procurar melhores sítios ainda não cobiçados pelos
“nobre do açúcar”.
Os colonizadores da capitania de Itamaracá, notadamente aqueles que
se fixaram no vale do rio Goiana, foram os primeiros a desbravarem
aquelas áreas, onde o rio Tracunhaém cortava a terra coberta de matas,
em busca de terras para a agricultura de subsistência. Lado a lado com
esses pioneiros, os madeireiros seguiam a mesma trilha, alcançando as
cabeceiras daquele rio.
Por outro lado, os pecuaristas se viam na contingência de buscarem
rotas, para suas boiadas, capazes de fornecerem condições de
sobrevivência, não só para os boiadeiros e tangerinos,como para o
próprio gado. Com efeito,essa necessidade levou ao traçado das rotas
seguindo os cursos dos rios que desemborcavam no litoral. Dentre esses
se situa o Capibaribe, em cuja bacia localiza-se o território municipal,
em dois terços de sua área.
Pelo anteriormente exposto podemos concluir que o território, onde se
localiza o atual município de Carpina, teve sua ocupação determinada
por duas vias de acesso: uma pelo norte, partindo de Goiana e seguindo o
rio Tracunhaém e ultrapassando suas nascentes; outra pelo sul, uma das
rotas oficiais dos caminhos das boiadas, a que partia do litoral e
acompanhava o rio Capibaribe.
Desenvolvimento inicial
Com a abertura da estrada de ferro para Limoeiro, em 1881,
a chã do Carpina passou a ser uma estação intermediária. O movimento
ferroviário incrementava o comércio da estação, embora incipiente, porém
promissor. Logo a seguir, fazendo entroncamento na Chã do Carpina,
abriu-se o ramal para Nazaré.
Os dois eventos tiveram marcante contribuição no desenvolvimento
inicial: quer pela estação da linha tronco com destino a Limoeiro, quer
pela implantação do ramal.
A atividade comercial que se iniciou e se desenvolveu no local
provocou a construção de moradias, no início, de taipa, cercadas pelas
roças e cultura de subsistência. Conta-se que, por volta de 1888, um dos
moradores, João Batista de Carvalho, teve a iniciativa de desapropriar
uma área, coberta de mocambos e roçados, para aí abrir a primeira praça
de Chã de Carpina. Essa iniciativa foi combatida, na época,
especialmente por aqueles que tiveram seus bens desapropriados, o que
não é difícil de entender. Hoje o local é a principal praça da cidade.
Crescimento e consolidação
O Topônimo “Carpina” tem a sua origem no nome de um antigo morador, o tanoeiro Martinho Francisco de Andrade Lima,
que até 1822 residia à margem da estrada de Chã, conhecido como “o
Carpina”, daí o nome “Chã de Carpina”. Antes de sua emancipação
política, o seu território abrangia dois distritos: o de Floresta dos
Leões, pertencente ao município de Paudalho, e o Chã de Carpina,
integrante do de Nazaré da Mata, separados pelos trilhos da antiga
G.W.B.R., hoje RFFESA, no centro da zona urbana.
Esse distrito do Chã do Carpina consta dos quadros de apuração do
recenseamento geral de 01 setembro de 1920, como integrante do município
de Nazaré.
A denominação de Floresta dos Leões foi dada ao distrito pela lei municipal (Paudalho) de nº12, datada de 15 de Dezembro de 1901, numa homenagem a João Souto Maior, líder da Revolta Pernambucana de 1817, apelidado de Leão de Tejucupapo, e a seus seguidores, os leões, que se haviam refugiado na chã do Carpina, depois de um combate com as tropas governistas.
A localidade foi elevada à categoria de vila pela lei estadual de nº
991, de 1 de julho de 1909.Lá,em pleno centro da cidade,existe um
monumento com a caricatura de um leão.
A lei nº 1.931, de setembro de 1928, criou o município, com a
denominação de Floresta dos Leões, que permaneceu até 1938, quando foi
substituída pela de Carpina, em face do decreto-lei estadual de nº 235,
de 9 de Dezembro de 1938. Sua instalação ocorreu em 1 de janeiro de
1929.
Administrativamente, o município é formado pelos distritos de: Carpina (sede) e dos povoados de Caramuru e Caraúba Torta.[6]
O município comemora sua emancipação política anualmente no dia 11 de setembro (FIDEP,1982).
A emancipação política
O funcionário público e jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo
pediu permissão para mudar o nome de "Chã do Carpina" para "Floresta
dos Leões" ao então Presidente da República, Dr. Afonso Penna, que
excursionava o Nordeste do Brasil.
Aceito o pedido, o Presidente doou um conto de réis para ajudar na
compra do leão de bronze que se vê no monumento erguido na Praça de São
José, inaugurado em setembro de 1909.
Em 1923, o Deputado Armando Gayoso
apresentou à Câmara o projeto de Lei, nº 1.372, sugerindo a emancipação
do município. O projeto não foi aprovado pelo Governador Sérgio Loreto, para não desagradar políticos de Paudalho e Nazaré.
Foram muitos embates, muitas reuniões no Engenho Limeira Grande, até chegar-se à condição de município.
Os emancipadores, homens valorosos, que protagonizaram independência
de Carpina, entraram para a história pela maneira incansável com que
lutaram para alcançar a liberdade tão desejada. A luta incessante desses
homens só conseguiu atingir os seus objetivos no ano de 1928. Em justa
homenagem, seus nomes ficaram perpetuados em praças, ruas e avenidas da
cidada.
A Vila da Floresta dos Leões foi levada à categoria de cidade pela Lei Estadual nº 1.931, de 11 de setembro de 1928, e instalada em 1 de janeiro de 1929.
Desmembrada dos municípios de Paudalho e Nazaré da Mata, passou a chamar-se Floresta dos Leões.
Em 1938, a localidade voltou ao nome de origem - Carpina, durante o Estado Novo, Governo de Getúlio Vargas, por sugestão do jornalista Mário Melo. A mudança de nome não agradou aos leo-florestanos.
Os emancipadores
Armando Tabosa de Souza Gayoso; Antônio Bezerra de Menezes; Baltazar
Ferreira Pinto; Eurico Gonçalves Guerra; João Batista de Carvalho; José
Simplício de Lima Junior; Dr. Joaquim Gonçalves Guerra; Dr. Roberto
Pulsem Rawlinson (engenheiro da empresa que construiu a ferrovia); José
Estevão de Oliveira; Oswaldo Ranulfo Freire; e Dr. Ricardo Augusto de
Albuquerque Filho;
Tomaram parte dessa história
Dr. José de Petribú - Subprefeito de Floresta dos Leões; Dr. João
Pessoa Petribú - Diretor do Floresta Jornal; Dr. Murilo Silva - 1º
Secretário Municipal; Coronel Joaquim Francisco de Mello Cavalcanti -
Presidente eleito do Conselho Municipal; Coronel Ernesto Pompílio do
Rego - Prefeito do município de Floresta dos Leões; Dr. Christiano
Cordeiro - Secretário do Prefeito Ernesto Pompílio; Otávio Carneiro -
Comerciante; Gileno De Carli - Agrônomo; Alcides Casaca Gomes da Silva & Manoel Casaca Gomes da Silva - Comerciantes
Primeiro prefeito
O primeiro Prefeito de Floresta dos Leões foi o Coronel Ernesto
Pompílio do Rego, proveniente do Engenho Serraria, empossado no dia 15 de novembro de 1928. Seu Subprefeito foi o Sr. José de Petribú e, na mesma ocasião, foi eleito o Primeiro Conselho Municipal.
Prefeitos nomeados
Depois do Coronel Ernesto Pompílio, foram nomeados para o cargo de
Prefeito Municipal: Carneiro da Cunha; Baltazar Ferreira Pinto, Benjamim
Dias Coutinho, Eurico Gonçalves Guerra, Joaquim Gonçalves Guerra, Major
Carlos Afonso Melo, João Teobaldo de Azevedo, Major Manoel Alves de
Queiroz, Hermínio Aroucha e Manoel Tavares da Cunha.
Prefeitos eleitos pelo voto popular
João Saturnino Cavalcanti (1 de novembro de 1947 a 14 de novembro de 1951; 15 de novembro de 1959 a 15 de novembro de 1963); José Francisco de Morais (15 de novembro de 1951 a 15 de novembro de 1955);
Major Carlos Afonso (15 de novembro de 1955 a 15 de novembro de 1959);
José Fernado Lobe (15 de novembro de 1959 a 15 de novembro de 1963);
José Pereira Cardoso (15 de novembro de 1963 a 31 de janeiro de 1969); Maelbe Batista Ramos (31 de janeiro de 1969 a 31 de janeiro de 1973; 1 de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996); Manoel Augusto do Rego (31 de janeiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977); Carlos Adilson Pinto Lapa (31 de janeiro de 1977 a 31 de janeiro de 1983); Sergiofredo Santa Cruz Silva (31 de janeiro de 1983 a 31 de janeiro de 1989); Joaquim Pinto Lapa (31 de janeiro de 1989 a 31 de janeiro de 1993; 1 de janeiro de 1997 a 31 de janeiro de 2004); Manoel Severino da Silva (2005 a 2008; 2009 a 2012).
De Carpina para o Brasil
Sérgio Murilo Santa Cruz Silva, filho do Dr. Murilo Silva - 1º
Secretário Municipal, foi um brilhante advogado criminalista e um
político extremamente combativo e voltado às causas polulares, tendo
sido preso onze vezes durante o regime militar.
Com o golpe militar, em 1964, Sérgio Murilo sofreu o primeiro revés
na vida pública. Então deputado estadual em primeiro mandato, foi
cassado, preso por cinco meses e teve seus direitos políticos suspensos
por dez anos.
Em liberdade, passou a militar no MDB. Em 1974, conseguiu na Justiça o
direito de candidatar-se a deputado federal, sendo eleito. Em 1975, o
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar-DIAP o colocou na
lista dos dez deputados mais influentes da Câmara dos Deputados. Sérgio
Murilo se reelegeu nas eleições de 1978 e 1982. Foi um dos articuladores
da Aliança Democrática, que propiciou a candidatura de Tancredo Neves à
Presidência da República, no colégio eleitoral (1985), pronunciando com
sua voz firme: "Por Pernambuco e pelo Brasil: TANCREDO NEVES!".
A última eleição que disputou foi em 1986, quando tentou o quarto
mandato federal pelo Partido Social Cristão - PSC, somando 20.527 votos,
mas acabou na suplência.
Especificidades
Carpina é uma das principais cidades da Mata Norte conhecida pelo seu
clima ameno e apreciada por suas ruas largas e planas, com muita área
verde. Povo acolhedor, festivo,religioso e muito ligado a suas
raízes.Ano a ano, sua paisagem urbana vem sendo modificada em razão da
expansão imobiliária.
Em 1982, três filhos do Dr. Murilo Silva, 1º Secretário do Conselho
Municipal, foram eleitos pelo povo: Sérgio Murilo Santa Cruz Silva -
Deputado Federal; Sergiofredo Santa Cruz Silva e Sergiorlando Santa Cruz
Silva, Prefeito e Vereador de Carpina, respectivamente.
As edificações antigas, sem preservação, vão dando lugar às
construções modernas, apagando-se, desta forma, a memória de uma cidade
que vem se estabelecendo como um dos pontos turísticos do estado, e o
segundo maior polo comercial da região, chegando a absorver o mercado
das cidades vizinhas.
Abriga empresas como a Galvanisa, Alpargatas, Dupé, Doces Praeira,
Irca, Curtume Califórnia, Ciprol, Mauricea Alimentos, Lajes Bom Jesus,
dentre outras, além de ser a terra natal do Escritor Aguinaldo Silva, do
cantor Silvério Pessoa, do saudoso "Mestre Solon do Mamulengo", do
Mestre Saúba e do artesão Miro, conhecidos internacionalmente.
Suas praças precisam ser revitalizadas, pois estão esquecidas.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 07º51'03" sul e a uma longitude 35º15'17" oeste, estando a uma altitude de 184 metros e distante 56 km do Recife.
Possui uma área de 146,00 km². Segundo dados coletados pelo censo do ano 2010, Carpina tem 74.851 habitantes. Sua taxa de urbanização é de 95.60% e tem como densidade demográfica 414.62 habitantes por km²
Cronologia
- A Lei Estadual 991 de 1 de julho de 1909 caracteriza as povoações que terão a categoria de cidade e a de vila, ficando nessa última categoria a vila de Floresta dos Leões.[7]
- A Lei Estadual 1572 de 16 de maio de 1923 constitui o município de Carpina no território conhecido como Floresta dos Leões, entre os municípios de Nazaré e Paudalho. Sua sede continuará sendo denominada Floresta dos Leões.[7]
- Em 11 de setembro de 1928, a Lei Estadual 1931 constitui, mais uma vez, o município, com o nome de Floresta dos Leões, formado pelos distritos de Carpina e Lagoa do Carro, cujo funcionamento iniciaria em 1 de janeiro de 1930.[7]
- Decreto-lei estadual nº 235, de 9 de Dezembro de 1938, muda a denominação do município de Floresta dos Leões para Carpina.[7]
Turismo
Feriados municipais
- 6 de janeiro - Dia de Reis
- A Festa de Reis é a primeira grande festa do ano em Carpina, na primeira semana. Logo depois das festas de final de ano acontecem apresentações de pastoril, bumba-meu-boi, feira de produtos e comidas típicas.
- 19 de Março - São José (Padroeiro da Cidade). Para essa comemoração religiosa, que geralmente tem a duração de 09 a 13 dias, todos os dias temos adoração, reza-se o terço de forma reflexiva. Temos, também, procissões e celebrações eucarísticas, geralmente com a presença de padres das cidades circunvizinhas, do Bispo da Diocese da Cidade de Nazaré da Mata, além dos padres do colégio Salesiano Padre Rinaldi e do Pároco da Matriz de São José, onde é realizado todas as atividades religiosas em Homenagem ao Padroeiro da cidade do Carpina, São José.
- 11 de Setembro - Emancipação política
- Neste dia realiza-se um desfile cívico, em comemoração à emancipação da cidade, com participação de igrejas, militares e dezenas de escolas da região, mesmo de estados vizinhos, como da Paraíba.
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